Cenários de práticas na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde e a neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil”

Autores

  • Karina Magrini Carneiro Mendes Unifesp
  • Leonardo Carnut Universidade Federal de São Paulo
  • Lucia Dias da Silva Guerra

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v14.1186

Palavras-chave:

Educação Superior, Atenção Primária à Saúde, Capacitação Profissional, Serviços de Integração Docente-Assistencial

Resumo

O “Programa Previne Brasil”, por meio do novo modelo de alocação de recursos da Atenção Primária à Saúde, tem impactos profundos na universalidade do sistema, favorecendo a focalização e a neoseletividade, caracterizadas pela oferta de serviços públicos restritos aos estratos populacionais mais pobres, sendo um risco à sustentabilidade financeira do SUS municipal. Sob a ênfase da mensuração puramente quantitativa de pessoas, vislumbram-se implicações concretas para o SUS enquanto cenário de prática de ensino. Por isto é que este estudo visa refletir sobre os possíveis desafios dos cenários de práticas no SUS à luz da neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil” no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Do ponto de vista da modalidade textual, este artigo refere-se ao formato ensaístico como um meio de transpor fronteiras culturalmente demarcadas pelo pensamento metódico, conforme descrito por Adorno. Está dividido em seis seções que versam, brevemente, sobre os cenários de prática como elemento central das ações de integração ensino-serviço-comunidade até a agudização dos desafios já existentes no cenário induzido pelo programa. Por fim, apresentam-se os pontos mais centrais pelos quais os cenários já estão passando neste momento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Internet]. Brasília, DF: Presidência da República; [2016; citado 30 de jun. 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm

Cavalheiro MTP, Guimarães AL. Formação para o SUS e os desafios da integração ensino serviço. Cad FNEPAS. 2011;1:19-27.

Almeida MM, Morais RP, Guimarães DF, Machado MFAS, Diniz RCM, Nuto SAS. Da teoria à prática da interdisciplinaridade: a experiência do Pró-Saúde Unifor e seus nove cursos de graduação. Rev Bras Educ Med. 2012;36(Suppl 1):119-26. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200016

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96 [Internet]. Brasília, DF; 1996 [citado 30 jun. 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm

Ministério da Educação (BR). Diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação em enfermagem, medicina e nutrição. Brasília, DF: MEC; 2001.

Brasil. Emenda Constitucional n. 95, de 15 de dezembro de 2016. Altera o ato das disposições constitucionais transitórias, para instituir o novo regime fiscal, e dá outras providências. Brasília, DF: PR; 2016 [citado 30 jun. 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc95.htm#:~:text=EMENDA%20CONSTITUCIONAL%20N%C2%BA%2095%2C%20DE,do%20%C2%A7%203%C2%BA%20do%20art

Meneghetti FK. O que é um ensaio-teórico. Rev Adm Contemp. 2011;15(2):320-32. https://doi.org/10.1590/S1415-65552011000200010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1415-65552011000200010

Adorno TW. Notas de literatura I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; 2003.

Albuquerque VS, Gomes AP, Rezende CHA, Sampaio MX, Dias OV, Lugarinho RM. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Rev Bras Educ Med. 2008;32(3):356-62. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300010

Junqueira SR, Oliver FC. A preceptoria em saúde em diferentes cenários de prática. Rev Docencia Ens Sup. 2020;10:e013483. https://doi.org/10.35699/2237-5864.2020.13483. DOI: https://doi.org/10.35699/2237-5864.2020.13483

Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, DF: OPAS; 2011.

Fonsêca GS, Junqueira SR, Zilbovicius C, Araujo ME. Educação pelo trabalho: reorientando a formação de profissionais da saúde. Interface (Botucatu). 2014;18(50):571-583. https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0598. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0598

Cabral PE, Machado JLM, Machado VMP, Pompílio MA, Vinha JM, Ayach W, et al. Serviço e comunidade, vetores para a formação em saúde: o curso de medicina da Uniderp. Rev Bras Educ Med. 2008:32(3):374-82. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000300012

Freire P. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3a ed. São Paulo: Centauro; 2001.

Pagliosa FL, Da Ros MA. O relatório Flexner: para o bem e para o mal. Rev Bras Educ Med. 2008;2(4):492-9. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000400012. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000400012

Solla J, Chioro A. Atenção ambulatorial especializada. In: Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI., organizadores. Políticas e Sistemas de Saúde no Brasil. 2a edição. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ; 2012. p. 547-76. https://doi.org/10.7476/9788575413494. DOI: https://doi.org/10.7476/9788575413494

Almeida Filho N. Reconhecer Flexner: inquérito sobre produção de mitos na educação médica no Brasil contemporâneo. Cad Saude Publica. 2010;26(12):2234-49. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2010001200003. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2010001200003

Kuabara CTM, Sales PRS, Marin MJS, Tonhom SFR. Integração ensino e serviços de saúde: uma revisão integrativa da literatura. Rev Min Enferm. 2014;18(1):195-201. http://www.doi.org/10.5935/1415-2762.20140015. DOI: https://doi.org/10.5935/1415-2762.20140015

Brasil. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília, DF: 1990 [citado 23 jun. 2022]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm

Ellery AEL, Bosi MLM, Loiola FA. Integração ensino, pesquisa e serviços em saúde: antecedentes, estratégias e iniciativas. Saude Soc. 2013;22(1):187-96. https://doi.org/10.1590/S0104-12902013000100017. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-12902013000100017

Ferreira JBB, Forster AC, Santos JS. Reconfigurando a interação entre ensino, serviço e comunidade. Rev Bras Educ Med. 2012;36(1 Suppl 1):127-33. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200017. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200017

Rodrigues MA. Integração docente-assistencial: abordagem conceitual. Rev Esc Enferm USP. 1993;27(1):15-24. https://doi.org/10.1590/0080-6234199302700100015. DOI: https://doi.org/10.1590/0080-6234199302700100015

Ministério da Educação e Cultura, Secretaria da Educação Superior (BR). Primeira reunião de integração docente-assistencial Brasília, 27-29 de abril de 1981.

Olschowsky A, Silva GB. Integração docente-assistencial: um estudo de caso. Rev Esc Enferm USP. 2000;34(2):128-37. https://doi.org/10.1590/S0080-62342000000200002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-62342000000200002

Machado JLM, Caldas Júnior AL, Bortoncello NMF. Uma nova iniciativa na formação dos profissionais de saúde. Interface (Botucatu). 1997;1(1):147-56. https://doi.org/10.1590/S1414-32831997000200011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32831997000200011

Feuerwerker LCM. Gestão dos processos de mudanças na graduação em medicina. In: Marins JJN, Rego S, Lampert JP, Araújo JGC, organizadores. Educação médica em transformação: instrumentos para a construção de novas realidades. São Paulo: Hucitec; 2004. p. 17-39.

Ministério da Saúde, Ministério da Educação (BR). Portaria interministerial n. 2.101, de 3 de novembro de 2005. Dispõe sobre os profissionais que compõem a Comissão Executiva do Pró-Saúde. D Of Uniao. 4 nov. 2005;seção 2:25.

Vendruscolo C, Ferraz F, Prado ML, Kleba ME, Martini JG. Instâncias intersetoriais de gestão: movimentos para a reorientação da formação na Saúde. Interface (Botucatu). 2018;22(Suppl 1):1353-64. https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0180. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622017.0180

Ministério da Saúde, Ministério da Educação (BR). Portaria interministerial n. 1802, de 26 de agosto de 2008. Institui o programa de educação pelo trabalho para a saúde - PET-Saúde [Internet]. Brasília, DF: MS; 2008 [citado 23 jun. 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pri1802_26_08_2008.html

Vendruscolo C, Prado ML, Kleba ME. Integração ensino-serviço no âmbito do programa nacional de reorientação da formação profissional em saúde. Cienc Saude Coletiva. 2016;21(9):2949-60. https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.12742015. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015219.12742015

Haddad AE, Brenelli SL, Cury GC, Puccini RF, Martins MA, Ferreira JR, et al. Pró-Saúde e PET-Saúde: a construção da política brasileira de reorientação da formação profissional em saúde. Rev Bras Educ Med. 2012;36(1 Suppl 1):3-4. https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000200001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000300001

Ministério da Saúde (BR). Manual instrutivo [para] gestores municipais: manual de apoio aos gestores para a implementação do Coapes. Brasília, DF: MS; 2015.

Ministério da Saúde (BR). Resolução n. 569 de 8 de dezembro de 2017. Dispõe sobre os cursos da modalidade educação a distância na área da saúde. D Of Uniao. 6 fev 2018;seção 1:85.

Beccaria LM, Trevizan MA, Janucci MZ. Ações do processo de integração docente assistencial entre um curso de graduação em enfermagem e um hospital de ensino. Arq Cienc Saude. 2006;13(2):89-96.

Gonçalves MB, Moraes AMSM. Inserção dos alunos da primeira série do curso de medicina em serviços de saúde. Rev Bras Educ Med. 2003;27(2):83-90. https://doi.org/10.1590/1981-5271v27.2-002. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-5271v27.2-002

Brehmer LCF, Ramos FRS. Experiências de integração ensino-serviço no processo de formação profissional em saúde: revisão integrativa. Rev Eletron Enferm. 2014;16(91):228-37. https://doi.org/10.5216/ree.v16i1.20132. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v16i1.20132

Henriques RLM. Interlocução entre ensino e serviço: possibilidades de ressignificação do trabalho em equipe na perspectiva da construção social da demanda. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção social da demanda. Rio de Janeiro: IMS-UERJ/CEPESC/ABRASCO; 2005.

Buccinni GS, Martins MCFN, Sanches MTC. O processo de educação permanente em saúde: percepção de equipes de saúde da família. Bol Inst Saude. 2009;48:51-4.

Macêdo BC. Política nacional de educação permanente em saúde: a experiência de Pernambuco [monografia]. Recife: Fundação Oswaldo Cruz; 2011.

Gil CRR, Turini B, Cabrera MAS, Kohatsu M, Orquiza SMC. Interação ensino, serviços e comunidade: desafios e perspectivas de uma experiência de ensino-aprendizagem na atenção básica. Rev Bras Educ Med. 2008;32(2): 230-9. https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000200011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-55022008000200011

Pereira JG, Fracolli LA. Contribuição da articulação ensino-serviço para a construção da vigilância da saúde: perspectiva dos docentes. Rev Lat Am Enfermagem. 2009;17(2):167-73. https://doi.org/10.1590/S0104-11692009000200005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692009000200005

Carnut L, Masseran JAM. Entre a filosofia jurídica e a saúde coletiva: o conceito de desempenho no decreto n. 7.508/2011 vis-à-vis a integralidade da assistência à luz do pós-positivismo. R Direito Sanit. 2017;18(1):37-56. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v18i1p37-56. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v18i1p37-56

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a política nacional de atenção básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) [Internet]. Brasília, DF: MS; 2017 [citado 23 jun. 2022]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Morosini MVGC, Fonseca AF, Lima LD de. Política Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saude Debate. 2018;42(116):11-24. https://doi.org/10.1590/0103-1104201811601. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201811601

Rodrigues CM. Conceito de Seletividade de políticas públicas e suas aplicações no contexto da política de extensão rural no Brasil. Cad Cienc Tecnol. 1997;14(1):113-54. http://doi.org/10.35977/0104-1096.cct1997.v14.8963.

Offe C. Problemas estruturais do estado capitalista. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; 1984.

Elster J. Marxismo, funcionalismo e teoria dos jogos: argumentos em favor do individualismo metodológico. Lua Nova. 1989;(17):163-204. https://doi.org/10.1590/S0102-64451989000200009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451989000200009

Boschetti I, Teixeira SO. Seletividade e focalização das políticas de assistência social [Internet]. Disponível em: https://www.ts.ucr.ac.cr/binarios/congresos/reg/slets/slets-018-081.pdf

Seibel EJ. A redefinição do conceito “Offeano” de seletividade diante de uma conjuntura globalizada. Rev Organ Soc. 2001 [citado 23 jun. 2022]:8(20):[9 p.]. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaoes/article/view/10541.

Mendes Á, Carnut L. Capital, estado, crise e a saúde pública brasileira: golpe e desfinanciamento. SER Soc. 2020; 22(46): 9-32. https://doi.org/10.26512/ser_social.v22i46.25260. DOI: https://doi.org/10.26512/ser_social.v22i46.25260

Agência Saúde. MS abre consulta pública para carteira de serviços da atenção primária [Internet]. 19 ago. 2019 [acesso 30 jan. 2019]. Brasília, DF: Agência Brasil. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/agosto/ms-abre-consulta-publica-para-carteira-de-servicos-da-atencao-primaria

Reis V. Contribuição dos pesquisadores da rede APS ao debate sobre as recentes mudanças na política de Atenção Primária [Internet]. [Brasília, DF]: Abrasco; 4 out. 2019 [acesso em 30 jan. 2019]. Disponível em: https://www.abrasco.org.br/site/eventos/congresso-brasileiro-de-ciencias-sociais-e-humanas-em-saude/contribuicao-dos-pesquisadores-da-rede-aps-ao-debate-sobre-as-recentes-mudancas-na-politica-de-atencao-primaria/43125/

Banco Mundial [Brasil]. Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil. Brasília, DF: BM; 2017. (vol. 1).

Ministério da Saúde (BR). Portaria n. 2.979 de 12 de novembro de 2019. Institui o Programa Previne Brasil, que estabelece novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da alteração da Portaria de Consolidação n. 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017. D Of União [Internet]. 13 nov. 2019 [acesso 23 jun. 2022]; 220(Seção 1):97. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-2.979-de-12-de-novembro-de-2019-227652180

Mendes Á, Carnut L. Crise do capital, estado e neofascismo: Bolsonaro, saúde pública e atenção primária. Rev Soc Bras Econ Polit. 2020;(57):174-210.

Porto S, Martins MS, Travassos CMR, Viacava F. Avaliação de uma metodologia de alocação de recursos financeiros do setor saúde para aplicação no Brasil. Cad Saude Publica. 2007;23(6):1393-404. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000600014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2007000600014

Downloads

Publicado

08-07-2022

Como Citar

1.
Magrini Carneiro Mendes K, Carnut L, Dias da Silva Guerra L. Cenários de práticas na Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde e a neoseletividade induzida pelo “Programa Previne Brasil”. J Manag Prim Health Care [Internet]. 8º de julho de 2022 [citado 30º de dezembro de 2024];14:e002. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/1186

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 6 7 8 > >> 

Artigos Semelhantes

<< < 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.