Internações por câncer de próstata em uma regional de saúde do estado de Pernambuco e as relações com as possibilidades de prevenção na atenção primária

Autores

  • Ângelo Sávio Ferreira dos Santos
  • Filipe Santana da Silva Departamento de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Joseilda Alves da Silva
  • Erlene Roberta Ribeiro dos Santos Centro Acadêmico de Vitória - Universidade Federal de Pernambuco
  • Eliane Maria Medeiros Leal Instituto Aggeu Magalhães- Fundação Oswaldo Cruz

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.573

Palavras-chave:

Neoplasias da Próstata, Hospitalização, Saúde do Homem, Atenção Primária à Saúde

Resumo

O câncer de próstata é a neoplasia maligna de maior incidência entre os homens no Brasil.  No curso da doença, surgem diversas possibilidades clínicas, levando à necessidade de internações hospitalares. ­ O objetivo deste trabalho é caracterizar as internações por câncer de próstata (CAP) na 1a Regional de Saúde do estado de Pernambuco, no período de 2012 a 2016.  Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo quantitativo descritivo de caráter transversal. Os dados são do tipo secundário, coletados a partir do Sistema de Informação Hospitalar – SIH, através da interface de consulta Tabnet/PE. A população estudada foram todos os homens que se internaram por CAP na 1a Regional de Saúde de Pernambuco, no período de estudo. Entre 2012 e 2016, ocorreram 3.985 internações por CAP. Homens pardos (44,6%) e faixa etária de 50 a 79 anos (85%) foram os que mais internaram. A 1a Regional de Saúde foi responsável pela maior quantidade de internação (70,5%). A taxa de mortalidade no período foi de 8,5 (395 mortes). O valor total gasto foi de R$ 8.569.339,80 e o valor médio de internação foi de R$ 2.175,51. O Hospital do Câncer de Pernambuco – HCP e o Instituto Materno Infantil de Pernambuco – IMIP são os estabelecimentos que mais internaram pacientes no período (54,2%) juntos. A quantidade de internação e de óbitos se encontram em tendência de crescimento, assim como os gastos anuais. A busca tardia pelo diagnóstico e pelo tratamento são possíveis causas dessa elevação e pode ainda mais agravar esses números, se não houver nenhuma intervenção maior e mais institucionalizada em relação a prevenção do câncer de próstata no Estado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ângelo Sávio Ferreira dos Santos

Sanitarista graduado pela Centro Acadêmico de Vitória - Universidade Federal de Pernmabuco

Filipe Santana da Silva, Departamento de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Professor Adjunto do curso de Informática Biomédica da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Joseilda Alves da Silva

Sanitarista graduada pelo Centro Acadêmico de Vitória- Universidade Federal de Pernambuco

Erlene Roberta Ribeiro dos Santos, Centro Acadêmico de Vitória - Universidade Federal de Pernambuco

Professora Adjunta do Curso de Bacharelado em Saúde Coletiva - Núcleo de Saúde Coletiva, Centro Acadêmico de Vitória Universidade Federal de Pernambuco.

Eliane Maria Medeiros Leal, Instituto Aggeu Magalhães- Fundação Oswaldo Cruz

Enfermeira Sanitarista, Mestre e Doutoranda em Saúde Pública, pelo Instituto Aggeu Magalhães- Fundação Oswaldo Cruz

Referências

Duarte EC, Barreto SM. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema [Editorial]. Epidemiol Serv Saude. 2012;21(4):529-32. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742012000400001.

Pereira RA, Alves-Souza RA, Vale JS. O processo de transição epidemiológica no Brasil: uma revisão de literatura. Rev Cient Faculdade Educ Meio Ambiente. 2015;6(1):99-108. https://doi.org/10.31072/rcf.v6i1.322.

Malta DC, Moura L, Prado RR, Escalante JC, Schmitd MI, Duncan BB. Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e suas regiões, 2000 a 2011. Epidemiol Serv Saude. 2014;23(4):599-608. https://doi.org/10.5123/S1679-49742014000400002.

Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019 [citado 13 maio 2020]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf

Gomes R. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Cienc Saude Colet. 2008;13(1):235–46. https://doi.org/10.1590/S1413-81232008000100027.

Brasil, Ministério da Saúde. Portaria n. 1.944, de 27 de agosto de 2009. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. Brasília, DF: MS; 2008.

Maia LFS. Câncer de próstata: preconceitos, masculinidade e a qualidade de vida. Rev Recien. 2012;2(6):16–20. https://doi.org/10.24276/rrecien2177-157X.2012.2.6.16-20.

Cavalcanti JRD, Ferreira JA, Henriques AHB, Morais GN, Trigueiro JVS, Torquato IMB. Assistência integral a saúde do homem: necessidades, obstáculos e estratégias de enfrentamento. Esc Anna Nery. 2014;18(4):628–34. http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20140089.

Instituto Brasileiro Geografia e Estatística. Censo Demográfico: 2010. [Brasília, DF]: IBGE; [2010].

Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. Plano diretor de regionalização. Recife: SES-PE; 2011 [citado 10 abr 2019]. Disponível em: http://portal.saude.pe.gov.br/sites/portal.saude.pe.gov.br/files/pdrconass-versao_final1.doc_ao_conass_em_jan_2012.pdf.

Silva AA, Mello LA, Santos ERR. Situação do carcinoma prostático na realidade da saúde do homem em Pernambuco. J Manag Prin Health Care. 2013;4(1):27–32. https://doi.org/10.14295/jmphc.v4i1.163.

Santos MAS, Oliveira MM, Andrade SSCA, Nunes ML, Malta D, Moura L. Tendência da morbidade hospitalar por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2002 a 2012. Epidemiol Serv Saude. 2015;24(3):389-98. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000300005.

Moura EC, Santos W, Neves ACM, Gomes R, Schwarz E. Atenção à saúde dos homens no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Cienc Saude Coletiva, 19(2):429-438, 2014.

Braga SFM, Souza MC, Oliveira RR, Andrade ILG, Acurcio FA, Cherchiglia ML. Sobrevida e risco de óbito de pacientes após tratamento de câncer de próstata no SUS. Rev Saude Publica. 2017;51:46. http://dx.doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006766.

Zacchi SR, Amorim MHC, Souza MAC, Miotto MHMB, Zandonade E. Associação de variáveis sociodemograficas e clínicas com estadiamento inicial em homens com câncer de próstata. Cad Saude Colet. 2014;22(1):93-100. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201400010014.

Mota TR, Barros DPO. Perfil dos pacientes com câncer de próstata em hospital de referência no estado de Pernambuco. Rev Bras Analises Clin. 2018;50(4):334-8. http://dx.doi.org/10.21877/2448-3877.201900766.

Gordis L. Epidemiologia. 4a ed. Rio de Janeiro (RJ): Revinter; 2010. Capítulo 6, História natural da doença: maneiras de expressar o prognóstico; p. 109-29.

McPhail S, Beller E, Haines T. Physical function and health-related quality of life of older adults undergoing hospital rehabilitation: how strong is the association. J Am Geriatr Soc. 2010;58(12):2435-7. 10.1111/j.1532-5415.2010.03163.x.

Leite JF, Dimesntein M, Paiva R, Carvalho L, Amorin AKMA, França A. Sentidos da saúde numa perspectiva de gênero: um estudo com homens da cidade de Natal/RN. Psicol Cienc Profissao. 2016;36(2):341–53. https://doi.org/10.1590/1982-370300181201.

Trilico MLC, Oliveira GR, Kijimura MY, Pirolo SM. Discursos masculinos sobre prevenção e promoção da saúde do homem. Trab Educ Saude. 2015;13(2):381–95. https://doi.org/10.1590/1981-7746-sip00015.

Campanucc F, Lanza LM. A atenção primária e a saúde do homem. Anais do II Simpósio gênero e políticas públicas; 18-19 ago 2011; Instituto Nacional de Educação de Surdos, Londrina, PR, Brasil. Universidade Estadual de Londrina; 2011.

Praun AG. Sexualidade, gênero e suas relações de poder. Rev Húmus. 2011;1(1):55-65.

Instituto Nacional de Câncer. Rastreamento do câncer de próstata. [s.l.: INCA]. 2013.

Spedo SM, Silva PNR, Tanaka OY. O difícil acesso a serviços de média complexidade do SUS: o caso da cidade de São Paulo, Brasil. Physis. 2010;20(3):953-72. https://doi.org/10.1590/S0103-73312010000300014.

Moreira RLSF, Fontes WD, Barboza TM. Dificuldades de inserção do homem na atenção básica a saúde: a fala dos enfermeiros. Esc Anna Nery. 2014;18(4):615-21. https://doi.org/10.5935/1414-8145.20140087.

Brasil, Ministério da Saúde. Portaria n. 930, de 15 de maio de 2019. Institui o Programa "Saúde na Hora", que dispõe sobre o horário estendido de funcionamento das Unidades de Saúde da Família. Diário Oficial da União. 17 maio 2019;(94):122. Sec. 1.

Santos GT. Saúde do homem: ações para a detecção precoce do câncer de próstata na atenção primária à saúde [especialização]. [Belo Horizonte]; 2010. 43 p.

Downloads

Publicado

15-09-2020

Como Citar

1.
dos Santos Ângelo SF, da Silva FS, da Silva JA, dos Santos ERR, Leal EMM. Internações por câncer de próstata em uma regional de saúde do estado de Pernambuco e as relações com as possibilidades de prevenção na atenção primária. J Manag Prim Health Care [Internet]. 15º de setembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];12:1-18. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/573

Artigos Semelhantes

<< < 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.