A visita domiciliar na estratégia de saúde da família sob a ótica de técnicos de enfermagem

Autores

  • Amanda Silva Cardoso Estevão Prefeitura Municipal de Paula Cândido
  • Érika Andrade e Silva
  • Deíse Moura de Oliveira
  • Luana Vieira Toledo
  • Nayara Rodrigues Carvalho
  • Júlia Borges Figueiredo

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.339

Palavras-chave:

, Enfermagem, Visita Domiciliar, Estratégia Saúde da Família, Planejamento.

Resumo

A Estratégia de Saúde da Família tem como responsabilidade oferecer um modelo assistencial menos curativista, centrado na família, entendida e percebida a partir do seu ambiente físico e social, destacando-se a visita domiciliar como um importante instrumento para prestação de assistência à saúde do indivíduo, família e comunidade. Esta prática é compreendida como metodologia de trabalho de caráter educacional, assistencial e exploratório, realizada por profissionais que vão ao domicílio do paciente, usuário ou beneficiário de um serviço, e deve ser realizada mediante processo racional, com objetivos definidos e pautados nos princípios da eficiência. Entretanto, a literatura evidencia e a prática cotidiana reitera que os técnicos de enfermagem bem como os demais membros da equipe não reconhecem as potencialidades que a Estratégia de Saúde da Família trouxe para o desempenho das atividades destes profissionais, os mantendo focados em ações tecnicistas, inspirados no modelo curativista e imediatista, contrariando os princípios do próprio Sistema Único de Saúde que é a de produção de cuidado integral e de promoção à saúde. Teve como objetivo compreender as percepções e práticas dos técnicos de enfermagem acerca da visita domiciliar enquanto ferramenta de cuidado no seu cotidiano de trabalho, no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Pesquisa de natureza qualitativa, realizada com 14 profissionais técnicos de enfermagem das Unidades de Saúde da Família de um município localizado na Zona da Mata Mineira. A coleta de dados ocorreu através de entrevista, com roteiro semiestruturado, nos meses de julho e agosto de 2015. Os dados foram analisados à luz de Bardin e interpretados e discutidos em consonância com a literatura pertinente à temática. Cabe ressaltar que o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa, inscrito sob o Parecer nº. 1.101.376. Evidenciou-se que a visita domiciliar assumiu representações como instrumento para criação de vínculo, prevenção e controle de condições de saúde pontuais e como oportunidade de ensinar-aprender, considerando um momento oportuno para reflexão de prática assistencial. Foram revelados a visita domiciliar no processo de trabalho do Técnico de Enfermagem demonstrando duas vertentes, sendo uma através da visita programada e outra pela espontânea e também aspectos facilitadores como o apoio por parte da equipe e boa receptividade do usuário e dificultadores como a dificuldade de locomoção no território e falta de planejamento da visita domiciliar. Entende-se que para a realização da visita domiciliar é essencial que se instaure um modelo de organização do processo de trabalho dentro da equipe multidisciplinar para efetuar a visita domiciliar, de modo a superar os desafios e dificuldades encontrados pelos profissionais de saúde. Destacamos que não foi encontrada literatura com aprofundamento sobre a temática neste contexto, em especial para os demais membros da equipe, que não os Agentes Comunitários da Saúde. Uma normatização do Ministério da Saúde poderá trazer contribuições para que esta prática possa ser realizada de maneira a cumprir os seus objetivos, preenchendo lacunas apresentadas durante a formação profissional, além do fortalecimento da Educação Permanente no serviço. 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
Cardoso Estevão AS, e Silva Érika A, de Oliveira DM, Toledo LV, Carvalho NR, Figueiredo JB. A visita domiciliar na estratégia de saúde da família sob a ótica de técnicos de enfermagem. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 11º de dezembro de 2024];7(1):11-. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/339

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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