Análise de interação medicamentosa de prescrições médicas contendo antimicrobianos de uma drogaria privada de Minas Gerais

Autores

  • Larissa Santos Alves Faculdades Unidas do Norte de Minas
  • Patrick Leonardo Nogueira da Silva Universidade Estadual de Montes Claros Faculdade de Guanambi http://orcid.org/0000-0003-2399-9526
  • José Ronivon Fonseca Faculdades Unidas do Norte de Minas
  • Maria Dolores Tiago Vaz Faculdades Unidas do Norte de Minas Faculdade de Saúde Ibituruna
  • Luçandra Ramos Espírito Santo Faculdades Unidas do Norte de Minas Faculdade de Saúde Ibituruna http://orcid.org/0000-0003-0588-6149

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v10i0.481

Palavras-chave:

Antibacterianos, Infecção, Interações de Medicamentos, Farmácia

Resumo

Os antimicrobianos são drogas que têm a capacidade de inibir o crescimento de microrganismos, indicadas, portanto, apenas para o tratamento de infecções microbianas sensíveis. Estas desencadeiam outros sintomas, tais como dor, edema, hipertermia, dentre outros, na qual são controlados com a associação de outros medicamentos. A interação de polifármacos pode proporcionar efeitos colaterais nocivos à saúde do paciente. Este estudo objetivou analisar a interação medicamentosa envolvendo antimicrobianos em prescrições médicas de uma drogaria privada de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, observacional, documental, com abordagem quantitativa, na qual foram analisadas 100 prescrições médicas de clientes no período de novembro de 2012. Foi utilizado um formulário como instrumento de coleta de dados. O tratamento dos mesmos se deu por meio de análise estatística uni-variada. Evidenciou-se que a maior parte das prescrições era para mulheres (62%) na qual se observou que o antibiótico mais prescrito foi a azitromicina (25%), seguido da amoxicilina (16%). Essas prescrições continham antiinflamatórios (21%), porém 24% pertenciam a outras classes medicamentosas. A terapia antimicrobiana decorreu em um período mínimo de sete dias. Quanto à data entre a prescrição e dispensação dos medicamentos, foi observado um período entre dois a 10 dias. Revelou que 85% desses clientes eram provenientes de clínicas particulares, enquanto 15% eram da rede pública. Quanto à via de administração, a mais utilizada foi a via oral (79%). Portanto, o conhecimento de interações medicamentosas torna-se uma ferramenta, tanto para profissionais dispensadores, quanto por prescritores, na prevenção de possíveis efeitos deletérios que as interações podem causar à saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Larissa Santos Alves, Faculdades Unidas do Norte de Minas

Farmacêutica pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas/FUNORTE, Montes Claros (MG), Brasil.

Patrick Leonardo Nogueira da Silva, Universidade Estadual de Montes Claros Faculdade de Guanambi

Enfermeiro. Especialista em Saúde da Família, Didática e Metodologia do Ensino Superior e Enfermagem do Trabalho. Universidade Estadual de Montes Claros/UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil.

José Ronivon Fonseca, Faculdades Unidas do Norte de Minas

Enfermeiro, Professor Mestre do Departamento de Enfermagem das Faculdades Unidas do Norte de Minas/FUNORTE, Montes Claros (MG), Brasil.

Maria Dolores Tiago Vaz, Faculdades Unidas do Norte de Minas Faculdade de Saúde Ibituruna

Farmacêutica, Professora Mestre do Departamento de Famárcia das Faculdades Unidas do Norte de Minas/FUNORTE, Montes Claros (MG), Brasil.

Luçandra Ramos Espírito Santo, Faculdades Unidas do Norte de Minas Faculdade de Saúde Ibituruna

Farmacêutica, Professora Mestre do Departamento de Famárcia das Faculdades Unidas do Norte de Minas/FUNORTE, Montes Claros (MG), Brasil.

Referências

França FB, Costa AC. Perfil farmacoterapêutico de pacientes em uso de antimicrobianos em hospital privado, em Fortaleza – CE. Rev Bras Prom Saude. 2006;19(4):224-8. http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2006.p224.

Nicolini P, Nascimento JWL, Greco KV, Menezes FG. Fatores relacionados à prescrição médica de antibióticos em farmácia pública da região Oeste da cidade de São Paulo. Cienc Saude Colet. 2008;13(Supl 1):689-96. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000700018.

Oliveira KR, Destefani SRA. Perfil da prescrição e dispensação de antibióticos para crianças em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Ijuí – RS. Rev Cienc Farm Básica Apl. 2011;32(3):395-401.

Svetitsky S, Leibovici L, Paul M. Comparative efficacy and safety of vancomycin versus teicoplanin: systematic review and meta-analysis. Antimicrob Agents Chemother. 2009;53(10):4069-79. http://dx.doi.org/10.1128/AAC.00341-09.

Santos V, Nitrini SMOO. Indicadores do uso de medicamentos prescritos e de assistência ao paciente de serviços de saúde. Rev Saude Publica. 2004;38(6):818-26. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102004000600010.

Louro E, Romano-Lieber NS, Ribeiro E. Eventos adversos a antibióticos em pacientes internados em um hospital universitário. Rev Saude Publica. 2007;41(6):1042-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006005000049.

Pinto MCX, Malaquias DP, Ferré F, Pinheiro MLP. Potentially inappropriate medication use among institutionalized elderly individuals in southeastern Brazil. Braz J Pharm Sci. 2013;49(4):709-17. http://dx.doi.org/10.1590/S1984-82502013000400010.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2016: Montes Claros e Minas Gerais. Rio de Janeiro: IBGE; 2016.

Araújo DD, Azevedo RS, Chianca TCM. Perfil demográfico da população idosa de Montes Claros, Minas Gerais e Brasil. Rev Enferm Cent O Min. 2011;1(4):462-9. http://dx.doi.org/10.19175/recom.v0i0.151.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Teto, credenciamento e implantação das estratégias de agentes comunitários de saúde, saúde da família e saúde bucal. Brasília, DF: MS; 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Rede Interagencial de Informações para a Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Proporção da população coberta por planos privados de saúde – ANS. Brasília, DF): MS; 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, DF: MS; 2012.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 20, de 05 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isolado ou em associação. Brasília, DF: MS; 2011.

Flores LM, Mengue SS. Uso de medicamentos por idosos em região do sul do Brasil. Rev Saude Publica. 2005;39(6):924-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102005000600009.

Wynn RL, Cook J. Does ibuprofen block the cardioprotective effects of aspirin in dental patients? Gen Dent. 2006;54(1):6-9.

Bergamaschi CC, Montan MF, Cogo K, Franco GCN, Groppo FC, Volpato MC, et al. Interações medicamentosas: analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos (parte II). Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2007;7(2):9-18.

Kim S, Carlson K. Occurrence of ionophore antibiotics in water and sediments of a mixed-landscape watershed. Water Res. 2006;40(13):2549-60.

Gebara ECE, Zardetto CGDC, Mayer MPA. Estudo in vitro da ação antimicrobiana de substâncias naturais sobre S. mutans e S. sobrinus. Rev Odontol Univ São Paulo. 1996;10(4):251-6.

Oliveira JHHL, Granato AC, Hirata DB, Hokka CO, Barboza M, Trsic M. Ácido clavulânico e cefamicina c: uma perspectiva da biossíntese, processos de isolamento e mecanismo de ação. Quim Nova. 2009;32(8):2142-50. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422009000800028.

Egger SS, Drewe J, Schlienger RG. Potential drug-drug interactions in the medication of medical patients at hospital discharge. Eur J Clin Pharmacol. 2003;58(11):773-8. https://doi.org/10.1007/s00228-002-0557-z.

Secoli SR. Polifarmácia: interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. Rev Bras Enferm. 2010;63(1):136-40. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672010000100023.

Halkin H, Katzir I, Kurman I, Jan J, Malkin BB. Preventing drug interactions by online prescription screening in community pharmacies and medical practices. Clin Pharmacol Ther. 2001;69(4):260-5. https://doi.org/10.1067/mcp.2001.114228.

Moura CS, Ribeiro AQ, Magalhães SMS. Avaliação de interações medicamentosas potenciais em prescrições médicas do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil). Lat Am J Pharm. 2007;26(4):596-601.

Jacomini LCL, Silva NA. Interações medicamentosas: contribuição para o uso racional de imunossupressores sintéticos e biológicos. Rev Bras Reumatol. 2011;51(2):161-74. http://dx.doi.org/10.1590/S0482-50042011000200006.

Criado PR, Criado RFJ, Maruta CW, Machado Filho CA. Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos: novos conceitos. An Bras Dermatol. 2010;85(2):195-210. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962010000200010.

Cadar A, Guimarães RE. Phycomicose dos seios paranasais. Rev Bras Otorrinolaringol. 1974;40(2):139-41.

Downloads

Publicado

29-04-2019

Como Citar

1.
Alves LS, da Silva PLN, Fonseca JR, Vaz MDT, Santo LRE. Análise de interação medicamentosa de prescrições médicas contendo antimicrobianos de uma drogaria privada de Minas Gerais. J Manag Prim Health Care [Internet]. 29º de abril de 2019 [citado 28º de março de 2024];10. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/481

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>