Risco cardiometabólico, estado nutricional e perfil lipídico em adolescentes do sexo masculino

Autores

  • Géssyca Corzino Medina Universidade Federal de Viçosa
  • Dayane de Castro Morais Universidade Federal de Viçosa
  • Silvia Eloiza Priore Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.404

Palavras-chave:

Adolescentes, Risco Cardiometabólico, Estado Nutricional.

Resumo

 A adolescência compreende a faixa etária dos 10 aos 19 anos, marcada por mudanças fisiológicas, psicossociais, comportamentais, culturais e emocionais. Avaliar o estado nutricional e para identificar possíveis riscos e agravos nutricionais é importante. Na avaliação do estado nutricional é interessante incluir a Relação Cintura Estatura (RCE), por esta ser considerada bom indicador para avaliação da obesidade e adiposidade central, e relacionar-se aos fatores de risco cardiovascular mais eficazmente do que o IMC isoladamente, sendo um método simples, barato e aplicável à população em geral. Avaliar o risco cardiometabólico, estado nutricional e perfil lipídico de adolescentes do sexo masculino. Participaram da pesquisa, adolescentes do sexo masculino do 1º ano de um colégio de Viçosa, voluntários de um projeto de extensão no período de 2012 a 2015. Os alunos foram convidados a realizar avaliação antropométrica e exames bioquímicos, mediante autorização dos pais ou responsáveis que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Utilizou-se do índice de massa corporal (IMC), baseando-se nos pontos de corte e referencial antropométrico preconizados pela World Health Organization (2007), segundo sexo e idade. A categoria excesso de peso engloba os indivíduos com sobrepeso e obesidade. Para avaliação do risco cardiometabólico utilizou-se a relação cintura estatura (RCE), sendo valores de RCE ≥ 0,5, indicativas deste risco. Para os exames bioquímicos de perfil lipídico e triglicerídeos adotou-se pontos de corte da I Diretriz de Prevenção da Aterosclerose na Infância e Adolescência, 2005. Foi utilizado os softwares SPSS for Windows, versão 21.0 e STATA, versão 13.0, para analise dos dados. A magnitude das associações entre as variáveis realizadas utilizando Odds Ratio e Razão de Prevalência. Verificou-se a distribuição dos dados por meio de teste de Kolmogorov-Smirnov. Avaliou-se coeficiente de correlação de Spearman para verificar a relação entre as mesmas. Foram avaliados 73 adolescentes com idade entre 14 e 17 anos e mediana de idade de 15,1 anos. Dos quais 17,8% (n=13) apresentavam risco cardiometabólico pela RCE e excesso de peso, 34,2% (n=25) colesterol aumentado, 21,9% (n=16) LDL alterado, 42,5% (n=32) HDL abaixo do recomendado, 23,3% (n=17) com triglicerídeos alterados, 64,4% (n=47) apresentavam alguma alteração lipídica, 17,8% (n=13) uma alteração metabólica e 8% (n=6) mais de uma alteração metabólica. Pode-se observar associação entre a RCE e presença de excesso de peso (RP=159,1; 20,263-1255,48), uma alteração metabólica (RP=25,38; 5,626-114,523) e mais de uma alteração metabólica (RP=10,08; 3,297-30,812). A Relação Cintura Estatura correlacionou-se com o IMC/Idade (Z escore) (r=0,838; p<0,001) e negativamente com HDL (r= -0,254; p<0,030). Conclui-se que a Relação Cintura Estatura é um bom índice para pressupor risco cardiometabólico em adolescentes, uma vez que associou-se e correlacionou-se com variáveis antropométricas e alterações nas frações lipídicas, além de ser um método simples e barato. Vale destacar a importância de utilizar métodos de avaliação nutricionais associados, já que os parâmetros bioquímicos isolados não apresentaram relação, porém quando associados ao estado nutricional, houve associação. 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
Medina GC, Morais D de C, Priore SE. Risco cardiometabólico, estado nutricional e perfil lipídico em adolescentes do sexo masculino. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 28º de março de 2024];7(1):78-. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/404

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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