Atenção Primária no cenário da formação médica

Autores

  • Ana Carolina Fernandes Monteiro Faculdade de Medicina de Barbacena - FUNJOB
  • Alice de Sá Gontijo
  • Talita Alvarenga Petrini Carvalho
  • Luciana de Resende Neiva
  • Mayara Sol Miranda
  • Alexandre Oliveira Bacelar

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.343

Palavras-chave:

Formação Médica, Atenção Primária à Saúde, Estudantes de Medicina.

Resumo

A educação médica sempre foi um tema de estudo recorrente no que diz respeito aos métodos mais adequados para a melhor formação profissional. Atualmente, existe uma concepção de atenção à saúde centrada no atendimento individual e curativo e perdeu-se, assim, o saber globalizado e generalizado da saúde. Nos últimos anos, no Brasil, percebeu-se a necessidade de uma proposta de intervenção em que os estudantes de medicina estariam inseridos na Atenção Primária à Saúde, com o intuito de associar o aprendizado médico às necessidades reais de saúde da população. Entretanto, o principal elemento capaz de fornecer novas elaborações políticas para a melhoria de tal ensino associado à população é a percepção dos próprios estudantes sobre as ações realizadas na Atenção Primária à Saúde. Demonstrar a relevância da reforma do ensino médico voltada à Atenção Básica de Saúde, afim de melhor adequar as necessidades da população. Foram utilizados como ferramenta de pesquisa os portais Scielo e Lilacs. Um estudo realizado em quatro cidades brasileiras, no ano de 2008, demostrou a intensidade da procura pela população cadastrada no SUS ao serviço de atenção básica. Provou-se, portanto, que a população procura primeiro, as Unidades de Atendimento Primário quando necessita de assistência à saúde. Em meio a este contexto, percebe-se a importância de se ater com conceitos e práticas relacionados ao planejamento, promoção de saúde e prevenção de doenças, a fim de chegar às necessidades de saúde da população, o que não é comum na formação médica atual. Além disso, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da UFMG procurou demonstrar qual foi a percepção dos estudantes de medicina quando foram inseridos em Centros de Saúde em Belo Horizonte. Foram observadas a assimilação dos estudantes em relação às seguintes atividades: realização de atividades extra unidade, integração com a equipe e participação em atividades da unidade. Verificou-se que houve uma percepção positiva por parte dos alunos, uma vez que eles relataram ter tido uma contribuição na formação médica pela maior autonomia e maior relação médico-paciente-sociedade. Houve uma melhor compreensão dos determinantes sociais que estão relacionados à condição de saúde individual e da comunidade. Percebe-se que existe a necessidade de utilizar cenários de prática-aprendizagem diversificados e condizentes com as situações reais vivenciadas pela comunidade. A inserção do estudante de medicina na Atenção Básica à Saúde proporciona a construção do conhecimento no cotidiano das ações de saúde, o aprimoramento das relações e, principalmente, a amplificação da concepção do processo saúde-doença. Assim, permite-se um cuidado integral à saúde da população. Entretanto, não existe ainda um consenso sobre o momento em que se deve começar essa integração. 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
Monteiro ACF, Gontijo A de S, Carvalho TAP, Neiva L de R, Miranda MS, Bacelar AO. Atenção Primária no cenário da formação médica. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 26º de dezembro de 2024];7(1):7-. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/343

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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