Saúde e Teoria da Reprodução Social no pensamento de Tithi Bhattacharya
DOI:
https://doi.org/10.14295/jmphc.v16.1404Palavras-chave:
Política, Saúde, Economia, Teoria Social, Desigualdades de SaúdeResumo
A Teoria da Reprodução Social (TRS) vem se destacando no debate científico como a teoria que analisa como e quais são os impactos de entender a produção de bens e a produção da vida de forma integrada. Ou seja, examina as atividades que são pré-condições fundamentais para a sociedade humana e para a própria produção capitalista, demonstrando que a divisão do trabalho, na ordem capitalista, articula todas as demais relações possíveis na sociedade. Ao se pensar nas questões estruturais de gênero, classe e raça, vemos que o capitalismo impõe condições extremamente adversas à mulher. O sustento do racismo e do patriarcado também organizam historicamente instituições e práticas de reprodução social para reduzir os custos da reprodução social da classe trabalhadora, dessa maneira, o trabalho é explorado de forma gratuita e garante uma massa de trabalhadores sem emprego e marginalizados que vivem em condições precárias de reprodução que acabam sendo obrigados a aceitar péssimas condições de trabalho e de remuneração. Desse modo, as necessidades sociais da classe trabalhadora, como boas escolas, habitação e condições dignas de emprego, são essenciais para sua reprodução social. Essas necessidades também representam um esforço da classe trabalhadora para reivindicar sua parte na civilização, o que pode ser entendido como uma forma de luta de classes. A TRS explica questões como a desigualdade contida na reprodução e na produção e como uma intervém na outra influenciam em questões como salários baixos, cortes neoliberais, despejos e violência doméstica. O capitalismo descaracteriza as atividades que não são realizadas diretamente no processo de produção de mercadorias, o que explica também a desvalorização do trabalho reprodutivo e a desvalorização da posição social da mulher, o sistema não se sustenta apenas sobre o trabalho assalariado, mas desenvolve um sistema que articula, de forma desigual e combinada, formas distintas de trabalho. Esses levantamentos nos fazem refletir sobre como nos estruturamos como sociedade, sobre nossas necessidades sociais que variam de acordo com o trabalho e sobre as necessidades sociais comuns. Nesse contexto, também consideramos a reflexão do papel do Estado em organizar e garantir algumas dessas necessidades fundamentais para a saúde, na perspectiva dos determinantes sociais da saúde. Nesse contexto, entre as diversas autoras que discutem a TRS, encontra-se a indiana, historiadora e professora Tithi Bhattacharya. Trata-se de uma referência fundamental na discussão da Teoria da Reprodução Social (TRS), que também promove debates sobre feminismo e outros temas de interesse, como a luta da Palestina. Para tanto, este trabalho tem como objetivo realizar um estudo de revisão crítica do pensamento de Tithi Bhattacharya para compreender sua produção científica sobre a Teoria da Reprodução Social e sua relação com a saúde. Neste sentido, para da seguinte pergunta de pesquisa: “De que maneira a produção científica de Tithi Bhattacharya discute a saúde no âmbito da Teoria da Reprodução Social?” Para coletar os dados, optamos por trabalhar nesta revisão crítica com três repositórios científicos: a) o Portal Google Acadêmico; b) o Portal CAPES e, c) o site pessoal da autora. No dois Portais foram testados os descritores, “Saúde”, “Tithi Bhattacharya” e “Teoria da Reprodução Social”, sendo feito também o cruzamento desses. Devida a finalidade de encontrar o maior número de publicações da autora com discussões do tema proposto, optou-se, nos dois Portais, em selecionar os conteúdos, com exceção das citações, com o filtro de autor/criador pelo seu nome “Tithi Bhattacharya”, sendo que no Google Acadêmico foram encontrados 39 materiais e no Portal CAPES, 33. Em seu site autoral, o filtro de busca não seleciona os conteúdos da mesma maneira, devido a isso, optou-se por selecionar todo seu material do site, num total de 37 publicações. Ao somar os materiais selecionados temos o total de 109 publicações. Inicialmente, foram excluídas as publicações que, apesar do filtro pelo nome da autora, ainda incluíam 16 títulos de outros autores. Em seguida, foram removidas as publicações repetidas que totalizam 36. Sendo assim restaram 57 publicações. Em momento posterior, para que permanecessem as publicações científicas (artigos e livros) foram excluídas 31 publicações por serem conteúdo de jornal online (25), post em blog (3), entrevista (2) e divulgação de seminário (1) por entender que a divulgação do seminário não seria relevante para análise de conteúdo. A seguir, promovemos a leitura dos títulos das publicações. Nesta etapa, foram excluídos 11 títulos que não contemplam conteúdos acerca da temática da TRS como tópicos relacionados com cultura, classe, gênero, raça, produção e discussão histórica/crítica de um espaço/tempo. Em seguida, passamos à leitura dos resumos das publicações, sendo removidas cinco. Essas foram excluídas por não conterem uma discussão sobre cultura ou uma análise de determinado contexto histórico que se relacione com a TRS. Desse modo, restaram 10 publicações. A seguir, descartamos uma publicação por não estar disponível o seu acesso público, na medida em que se devia realizar um pagamento. Assim, restaram ao todo nove títulos considerados incluídos nessa Revisão, sendo: 5 artigos, 1 capítulo de livro e 3 livros. A análise dessas publicações está estruturada em três dimensões: a) abordagem sobre a TRS; b) a abordagem sobre a Saúde; c) a relação entre a TRS e a saúde.
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