Atenção Primária à Saúde na Amazônia

o cuidado à hipertensão arterial no oeste do Pará

Autores

  • Cristiano Gonçalves Morais Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Larissa Ádna Neves Silva Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Carlos Leonardo Figueiredo Cunha Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Hernane Guimarães dos Santos Junior Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Juliana Gagno Lima Instituto de Saúde Coletiva (Isco), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v13.1115

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Hipertensão, Integralidade em Saúde, Ecossistema Amazônico

Resumo

A atuação da Atenção Primária à Saúde – APS favorece a diminuição de casos e complicações da Hipertensão Arterial Sistêmica – HAS, mas no contexto da Amazônia o cuidado da APS com hipertensos está sujeito à influência das fragilidades dos serviços de saúde na região. Diante disto, o objetivo do presente estudo é caracterizar a atenção à HAS no âmbito da APS desenvolvida no Oeste do Pará. Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa, na qual foram utilizados dados secundários do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ-AB da região de saúde do Baixo Amazonas. Os dados foram obtidos pelo Portal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Para os dados referentes à HAS, utilizaram-se variáveis do ciclo 3 dos módulos II e III.  Para a organização dos dados, foram utilizados os programas Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS 22.0) e Microsoft Excel. Foram realizados cálculos com porcentagens e frequências simples. Na análise, foi identificada a predominância do acesso e do uso de exames básicos como meios de subsidiar o cuidado da HAS, no entanto, evidenciaram-se fragilidades da atuação da APS na prevenção e no acompanhamento dos agravos associados a essa morbidade. A situação se agrava quando somada à dificuldade de realizar exames que requerem mais densidade tecnológica e especializada, pois a geografia e as distâncias se constituem como barreiras a serem transpostas pela RAS. O predomínio de ações mínimas no cuidado de HAS e a presença de lacunas nos serviços de saúde de responsabilidade da APS subsidiam indagações sobre sua atuação no desenvolvimento dos seus atributos essenciais na RAS, bem como, sugerem problemas no Oeste do Pará em articular e subsidiar meios de cuidado para HAS, de acordo com as necessidades e peculiaridades dos territórios de seus municípios.

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Biografia do Autor

Cristiano Gonçalves Morais, Universidade Federal do Oeste do Pará

Enfermeiro. Especialista em Estratégia Saúde da Família para Populações do Baixo Amazonas pelo Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Larissa Ádna Neves Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Bacharel em Saúde e Acadêmica de Farmácia do Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal do Oeste do Pará.

Carlos Leonardo Figueiredo Cunha, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Estadual do Maranhão (2003). Especializações em Saúde da Família, Formação Pedagógica e Planejamento, Programação e Políticas de Saúde. Mestrado em Saúde Materno Infantil pela Universidade Federal do Maranhão (2010). Doutorado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva- IESC/ UFRJ (2016). Tem experiência na área de Enfermagem em Saúde Coletiva, com ênfase em Políticas e Gestão em Saúde e Atenção Primária. Membro da Comissão de Práticas Avançadas em Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão (FAPEMA). Professor Adjunto do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), na área de Gestão em Serviços de Saúde. Professor Permanente dos Programas de Pós- Graduação em Enfermagem, Professor Colaborador do Programa em Saúde, Ambiente e Sociedade na Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Vice- Diretor da Associação Brasileira de Enfermagem de Família e Comunidade ( ABEFACO).

Hernane Guimarães dos Santos Junior, Universidade Federal do Oeste do Pará

Possui graduação em Enfermagem - Faculdades Integradas do Tapajós (2000), mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas/ILMD FIOCRUZ (2011). Especialista em Antropologia da Saúde e Saúde Pública com ênfase em saúde indígena. Atualmente é professor e coordenador do curso de Saúde Coletiva do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará, professor de pós – graduação/Residência da Universidade Federal do Oeste do Pará; consultor voluntário em saúde - Expedicionários da Saúde, pesquisador convidado da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), membro do GT saúde indígena da ABRASCO. Coordenador Regional da pesquisa Avaliação de Impacto do Programa Criança Feliz, membro da Pesquisa Inquérito de Prevalência para Validação da Eliminação do Tracoma como Problema de Saúde Pública no Brasil e da Pesquisa Estudo de validação do teste sorológico para o Covid- 19. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde indígena, saúde coletiva, epidemiologia, cuidados de enfermagem e atenção à saúde indígena.

Juliana Gagno Lima, Instituto de Saúde Coletiva (Isco), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)

Mestre em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ (2016), na área de concentração Políticas, planejamento, gestão e práticas em saúde. Docente no Instituto de Saúde Coletiva (ISCO) na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), desde 2016. Especialista em Gestão da Atenção Básica (2013) e especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família pela ENSP/FIOCRUZ (2012). Graduada em Nutrição pela Universidade Federal Fluminense (2008). 

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Publicado

17-08-2021

Como Citar

1.
Gonçalves Morais C, Neves Silva L Ádna, Figueiredo Cunha CL, dos Santos Junior HG, Gagno Lima J. Atenção Primária à Saúde na Amazônia: o cuidado à hipertensão arterial no oeste do Pará. J Manag Prim Health Care [Internet]. 17º de agosto de 2021 [citado 21º de novembro de 2024];13:e07. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/1115

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