Riscos na rotina de trabalho de Agentes Comunitários de Saúde de uma Equipe de Saúde da Família

Autores

  • Karine Da Silva Moreira UFMA
  • Maria Luiza Rêgo Bezerra Universidade de Brasília (UnB)
  • Simony Fabíola Lopes Nunes UFMA/UFSC/ FAPEMA
  • Cecilma Miranda de Sousa Teixeira UFMA

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v10i0.955

Palavras-chave:

Assunção de Riscos, Agentes Comunitários de Saúde, Estratégia Saúde da Família

Resumo

Os Agentes Comunitário de Saúde estão sujeitos a situações de risco frente às suas responsabilidades no âmbito da Atenção Primária em Saúde, destarte, este estudo de caráter descritivo de abordagem quali-quantitativa com o objetivo de investigar os riscos na rotina de trabalho destes profissionais da Equipe de Saúde da Família do Parque Anhanguera em Imperatriz, MA. Coletaram-se os dados em entrevista com questionário semiestruturado, após assinatura do termo de consentimento e aprovação no Comitê de Ética do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer 177.582. Os resultados obtidos foram apresentados em tabelas e gráfico através do programa Excel® e as questões qualitativas descritas de acordo com os objetivos, tendo sido os sujeitos identificados por nomes de pedras preciosas. Os resultados demonstraram que 100% foram do sexo feminino; 60% com idade de 31 a 55 anos e casadas; 100% com renda mensal de 1 a 2 salários mínimos; 80% atendiam até 149 famílias; 100% realizavam de 20 a 40 visitas semanais com carga horária de 8h/dia. Concluiu-se que, dentre os riscos, predominaram os biológicos e físicos, durante as visitas domiciliares. Já no perfil, o predomínio foi o sexo feminino, casada, ensino médio, renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Sugerem-se novas pesquisas com maior universo para consolidar estes achados e fomentar medidas públicas preventivas dos riscos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karine Da Silva Moreira, UFMA

Enfermeira (UFMA).

Maria Luiza Rêgo Bezerra, Universidade de Brasília (UnB)

Mestra em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade de Brasília (UnB), Especialista em Gestão em Saúde Pública com Ênfase em Saúde Coletiva e da Família (INESPO-PUC/SP) e Enfermeira pela Universidade Federal do Maranhão, campus de Imperatriz-MA. Atualmente é enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento - Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Saúde Coletiva, Sistematização da Assistência de Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: hanseníase, diagnósticos de enfermagem, taxonomia II da NANDA-I, teorias de Enfermagem, Teoria Geral de Orem.

 

Simony Fabíola Lopes Nunes, UFMA/UFSC/ FAPEMA

nfermeira graduada pelo Centro Universitário do Maranhão (2006). Especialista na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde pelo Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão - UFMA (2009) e especialização em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa pela UFSC (2015). Docente do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão - UFMA/CCSST. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2015). Membro e pesquisadora do Laboratório de Pesquisas e Tecnologias em Enfermagem, Cuidado em Saúde a Pessoas Idosas - GESPI/UFSC.

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira, UFMA

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Maranhão (1977), em Fisioterapia pela Faculdade de Reabilitação da Asce - Rio de Janeiro (1987) e em Pedagogia pela Universidade federal do Maranhão (2018)., mestrado em Saúde e Ambiente pela Universidade Federal do Maranhão (2002) e Doutorado em Educação pela Universidade Evangélica do Paraguai (2016). Atualmente é professora adjunta II da Universidade Federal do Maranhão, no CCSST, onde coordenou o curso de enfermagem de maio de 2010 a fevereiro de 2014. Atualmente lotada na Coordenação do curso de medicina, foi Coordenadora do Curso de medicina no primeiro mes de sua implantação e sub-coordenadora de abril de 2014 a 2016.Tem experiência na área de Enfermagem com atividade hospitalar em UTI, Nefrologia e Cardiologia. Na docência com ênfase em Saúde do adulto, Idoso e do trabalhador, na fisioterapia, com atuação geral, na cardiorrespiratória em clinica e UTI e RPG e na Medicina em Tutoria e Laboratorios de atividades. No geral, tem experiência acadêmica em Coordenação de cursos, realização de projetos para implantação de cursos da área da saúde e consultoria de PPC.

Referências

Brasil, Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica n. 41: saúde do trabalhador. Brasília, DF: MS; 2018 [citado 27 jun. 2019]. Disponível em: http://renastonline.ensp.fiocruz.br/recursos/caderno-atencao-basica-41-saude-trabalhador-trabalhadora.

Cardoso ACM. O trabalho como determinante do processo saúde-doença. Tempo Soc. 2015;27(1):73. https://doi.org/10.1590/0103-207020150110.

Almeida MCS, Baptista PCP, Silva A. Cargas de trabalho e processo de desgaste em Agentes Comunitários de Saúde. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):93-100. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100013.

Maciazeki-Gomes RS, Souza CD, Baggio L, Wachs F. O trabalho do agente comunitário de saúde na perspectiva da educação popular em saúde: possibilidades e desafios. Cienc Saude Colet. 2016;21(5):1637-46. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015215.17112015.

Freire RMA, Landeiro MJL, Martins MMFPS, Martins T, Peres HHC. Um olhar sobre a promoção da saúde e a prevenção de complicações: diferenças de contextos. Rev Latino-Am Enferm. 2016;24:e2749. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.0860.2749.

Minayo MCS. Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Rev Pesqui Qual [Internet]. 2017[citado 21 jun. 2019;5(7):1-12. Disponível em: https://editora.sepq.org.br/index.php/rpq/article/view/82/59.

Brasil, Ministério da Saúde, Agência de Vigilância Sanitária. Norma Regulamentadora 32 (NR-32): segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde. Brasília, DF: 2005.

Silva MA, Lampert SS, Bandeira DR, Bosa CA, Barroso SM. Saúde emocional de agentes comunitários: Burnout, estresse, bem-estar e qualidade de vida. Rev SPAGESP [Internet]. 2017[citado em 19 jun. 2019];18(1):20-33. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rspagesp/v18n1/v18n1a03.pdf.

Alonso CMC, Béguin PD, Duarte FJCM. Trabalho dos agentes comunitários de saúde na estratégia saúde da família: metassíntese. Rev Saude Publica. 2018;52:14. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000395.

Riquinho DL, Pellini DL, Ramos DT, Silveira MR, Santos VCF. O cotidiano de trabalho do agente comunitário de saúde: entre a dificuldade e a potência. Trab Educ Saude. 2018;16(1):163-62. http://dx.doi.org/10.1590/1981-7746-sol00086.

Brasil, Ministério da Saúde. Lei n° 10.507, de 10 de julho de 2002. Cria a profissão de agente comunitário de saúde e dá outras providências. Brasília, DF: Diário Oficial da União; 2002 [citado em 11 jan. 2012]. Disponível em: http://www010.dataprev.gov.br.

Santos AC, Hoppe AS, Krug I SBF. Agente comunitário de saúde: implicações dos custos humanos laborais na saúde do trabalhador. Physis. 2018;28(4):e280403. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/s0103-73312018280403.

Brasil, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488 de 21 de outubro de 2011. Brasília, DF 2011 [citado 11 jan. 2013]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br.

Pedraza DF, Santos I. Perfil e atuação do agente comunitário de saúde no contexto da estratégia saúde da família em dois municípios da Paraíba. Interações. 2017;18(3):97-105. http://dx.doi.org/10.20435/inter.v18i3.1507.

Morosini MV, Fonseca AF. Os agentes comunitários na atenção primária à saúde no Brasil: inventário de conquistas e desafios. Saude Debate. 2018;42(spe 1):261-74. http://dx.doi.org/10.1590/0103-11042018S117.

Jesus AS, Santos FPA, Rodrigues VP, Nery AA, Machado JC, Couto TA. Atuação do agente comunitário de saúde: conhecimento de usuários. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2014[citado em 22 jun 2019]. 22(2):239-44. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v22n2/v22n2a15.pdf.

Barreto ICHC, Pessoa VM, Sousa MFA, Nuto SAS, Freitas RWJF, Ribeiro KG. Complexidade e potencialidade do trabalho dos agentes comunitários de saúde no Brasil contemporâneo. Saude Debate. 2018;42(spe 1):114-29. http://dx.doi.org/10.1590/0103-11042018S108.

Brito RS, Ferreira NEMS, Santos DLA. Atividades dos agentes comunitários de saúde no âmbito da estratégia saúde da família: revisão integrativa da literatura. Saude Transform Soc. [Internet]. 2014[citado 27 jun. 2019];5(1):16-21. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2178-70852014000100004.

Downloads

Publicado

18-09-2019

Como Citar

1.
Moreira KDS, Bezerra MLR, Nunes SFL, Teixeira CM de S. Riscos na rotina de trabalho de Agentes Comunitários de Saúde de uma Equipe de Saúde da Família. J Manag Prim Health Care [Internet]. 18º de setembro de 2019 [citado 28º de março de 2024];10. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/955

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)