Utilização do lúdico no atendimento de crianças hospitalizadas em unidades pediátricas: o papel do terapeuta ocupacional

Autores

  • Graziele Carolina de Almeida Marcolin Universidade Federal de Minas Gerais
  • Anézia Moreira Faria Madeira
  • Mateus Marcolin Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC, MG.
  • Alan Rodrigues de Souza Universidade Federal de Minas Gerais
  • Amanda Conrado Silva Barbosa Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Thaís Amanda de Assis

DOI:

https://doi.org/10.14295/jmphc.v7i1.411

Palavras-chave:

Hospitalização, Brincar, Terapeuta Ocupacional.

Resumo

Trata-se de um tema polêmico, que atualmente vem conquistando espaço no processo de humanização do atendimento à criança hospitalizada. O brincar no contexto hospitalar tem sido visto como uma técnica voltada ao tratamento da criança que padece de internação de longa permanência. O Terapeuta Ocupacional, por sua vez, apresenta-se neste contexto como o profissional mais capacitado e apto a desenvolver atividades de estimulação para a criança, utilizando-se do lúdico como subsídio para tratamento da mesma no ambiente hospitalar. Estudos recentes têm investigado este tema empiricamente, disponibilizando publicações científicas importantes para fomentar o processo da prática baseada em evidências. Logo, o objetivo deste estudo é analisar a influência do lúdico na estimulação de crianças hospitalizadas por meio da atuação do Terapeuta Ocupacional. Dessa forma, a metodologia utilizada foi o relato de experiência, o qual ocorreu por meio da observação da atuação do Terapeuta Ocupacional em Hospital específico no Município de Conselheiro Lafaiete – MG. Os resultados evidenciados pelos estudos identificaram que o brincar no ambiente hospitalar efetivado pelo Terapeuta Ocupacional pode melhorar a exposição de sentimentos da criança, assim como seu humor, vínculo com as demais crianças e familiares presentes no contexto hospitalar; melhorando ainda seu desenvolvimento mesmo em estado de internação. A inserção de atividades lúdicas com utilização de brincadeiras/do brinquedo/do brincar no contexto hospitalar pode proporcionar às crianças internadas benefícios diversos, como expressão de sentimentos e de vivências, aceitação do tratamento e de intervenções, e melhora no estado emocional. A Terapia Ocupacional e a vinculação do brincar no contexto hospitalar revestem o ambiente de alegria, descontração e tranquilidade, diminuindo as angústias/frustrações vividas pelas crianças. Além disso, a participação do Terapeuta Ocupacional na estimulação da criança hospitalizada por meio do brincar proporciona um ambiente mais humanizado e agradável, o que de certa forma vincula a criança ao meio social em que ela vive. Por outro lado, analisando-se as dificuldades existentes vê-se que, nem toda unidade pediátrica disponibiliza o profissional, com o fim de estimular a recuperação de crianças por meio do brincar. Muitas vezes esta atividade é realizada por outros profissionais, como Psicólogos, Enfermeiros, Fisioterapeutas, dentre outros. Neste sentido, este trabalho aponta para a necessidade da inserção do Terapeuta Ocupacional no contexto pediátrico, para ajudar a minimizar os efeitos da hospitalização através da ludoterapia. Vale ressaltar que, a incorporação dos familiares neste processo é de fundamental importância, uma vez que a criança poderá se sentir mais tranquila e protegida por ocasião das atividades, e os responsáveis esquecerem por algum tempo o sofrimento advindo da internação do filho. Assim, a síntese disponibilizada pelo presente estudo pode ajudar a nortear Terapeutas Ocupacionais nas estratégias de tratamento e de intervenção da criança hospitalizada através do brincar visando promover a participação, desenvolvimento e atividade da criança hospitalizada.

 

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Publicado

05-01-2017

Como Citar

1.
Marcolin GC de A, Madeira AMF, Marcolin M, de Souza AR, Barbosa ACS, de Assis TA. Utilização do lúdico no atendimento de crianças hospitalizadas em unidades pediátricas: o papel do terapeuta ocupacional. J Manag Prim Health Care [Internet]. 5º de janeiro de 2017 [citado 28º de março de 2024];7(1):85-. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/411

Edição

Seção

Seminários, Simpósios e Mesas Redondas

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