TY - JOUR AU - Cota, Marianna Karolina Pimenta AU - Bastos, Mariana Araújo Pena AU - Amaral, Vanessa de Souza AU - Reis, Andréia Alves AU - Expedito, Adélia Contiliano AU - Oliveira, Deíse Moura de PY - 2017/01/05 Y2 - 2024/03/29 TI - A educação permanente com profissionais da atenção primária à saúde: fomentando reflexões sobre a temática “Saúde Mental” JF - JMPHC | Journal of Management & Primary Health Care | ISSN 2179-6750 JA - J Manag Prim Health Care VL - 7 IS - 1 SE - Seminários, Simpósios e Mesas Redondas DO - 10.14295/jmphc.v7i1.423 UR - https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/423 SP - 97-97 AB - <p>A Estratégia Saúde da Família (ESF) figura como um cenário estratégico para<strong> </strong>trabalhar com pessoas em sofrimento psíquico, dada a proximidade e o vínculo passíveis de<strong> </strong>serem estabelecidos com famílias e comunidades. Um desafio importante para a saúde<strong> </strong>mental na ESF relaciona-se com as situações de adoecimento desencadeadas pela miséria e<strong> </strong>pelas ocorrências de violência enfrentadas no território, que impactam sobremaneira no<strong> </strong>processo saúde-doença da comunidade, desdobrando-se em dificuldades afetivas, emocionais<strong> </strong>e relacionais entre os seus membros. Objetivo: relatar a experiência de oficinas educativas<strong> </strong>sobre a temática “Saúde Mental” com profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde<strong> </strong>(APS) de Viçosa e região, participantes de um Projeto de Educação Permanente (PEP).<strong> </strong>Trata-se de um relato de experiência inscrita em um projeto de extensão<strong> </strong>universitária que se propõe trabalhar com Educação Permanente junto a profissionais da APS<strong> </strong>de Viçosa e municípios adjacentes. Tal experiência se deu no período de maio a julho de<strong> </strong>2016, cuja temática saúde mental foi escolhida pelos participantes do PEP, em virtude dos<strong> </strong>desafios que vivenciam neste campo de atuação. Optou-se pelas oficinas educativas como<strong> </strong>estratégia metodológica, sendo realizadas três oficinas sobre o tema, perfazendo uma por<strong> </strong>mês. Num primeiro momento buscou-se entender quais eram as reais demandas trazidas<strong> </strong>pelos participantes em relação ao assunto. No segundo encontro, em virtude de um<strong> </strong>diagnóstico feito no primeiro, foi abordada a saúde mental dos próprios profissionais diante<strong> </strong>do contexto que atuam. No último encontro a atividade foi baseada em uma casuística<strong> </strong>envolvendo demandas de saúde mental a serem refletidas e respondidas pelos profissionais.<strong> </strong>Durante as oficinas evidenciou-se um despertar dos profissionais para a<strong> </strong>necessidade de reflexão e apropriação do tema e do seu próprio estado de saúde mental,<strong> </strong>partindo do pressuposto de que para prestar o cuidado há que se estar bem consigo mesmo.<strong> </strong>Foi unânime no grupo que o contexto em que atuam, perpassado por mazelas sociais e<strong> </strong>relações interpessoais tensionadas com a equipe fragilizam substancialmente a saúde mental<strong> </strong>dos trabalhadores da saúde. A discussão da casuística revelou que mesmo em regiões<strong> </strong>distintas os problemas são semelhantes, propiciando um despertar sobre como conduzir<strong> </strong>possíveis situações, bem como a identificação de como cada núcleo de saber profissional<strong> </strong>deve se implicar e enfrentar os desafios da saúde mental na APS. O presente<strong> </strong>relato reitera a importância da educação permanente em saúde para os profissionais que dela<strong> </strong>participam. Em virtude de trabalhar questões oriundas dos nós críticos relacionados à<strong> </strong>temática saúde mental vivenciados na prática profissional, as oficinas possibilitaram aos<strong> </strong>participantes refletirem criticamente sobre si mesmos, bem como sobre suas ações diante dos<strong> </strong>dilemas cotidianos relacionados ao tema discutido.<strong></strong></p> ER -